quinta-feira, 17 de setembro de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Distúrbios e Gravidade
- Espirometria Normal: Os resultados encontrados estão dentro da faixa de normalidade.
- Espirometria normal, porém com variação significativa de fluxo após broncodilatador sugerindo aumento do tônus broncomotor.
- Obstrução Limítrofe: Os valores encontrados, em pacientes com sintomas respiratórios, sugerem distúrbio obstrutivo leve. Estes achados não devem ser valorizados em indivíduos assintomáticos.
- Suave Obstrução: Os valores encontrados sugerem distúrbio obstrutivo leve.
- Os valores encontrados, em pacientes com sintomas respiratórios, sugerem distúrbio obstrutivo leve caracterizado pelo aumento significativo do VEF1 após o uso do broncodilatador.
- Moderada Obstrução: Os valores encontrados sugerem distúrbio obstrutivo moderado.
- Moderada Obstrução e baixa capacidade vital: Os valores encontrados, em pacientes com suspeita de doença restritiva, devem ser interpretados como um distúrbio ventilatório combinado. Nos pacientes sem esta probabilidade clínica, a CVF está desproporcionalmente reduzida, podendo indicar, em pacientes com radiologia compatível, um acentuado aprisionamento de ar pelo distúrbio obstrutivo primário.
- Severa Obstrução e baixa capacidade vital: Os valores encontrados são sugestivos de distúrbio ventilatório obstrutivo grave com CVF reduzida. A correlação clínica e radiológica deve nortear a diferenciação entre um componente restritivo associado ou um aumento significativo do volume residual.
- Severa Obstrução e baixa capacidade vital: Os valores encontrados são sugestivos de distúrbio obstrutivo grave com redução da CVF.
- Suave Restrição: Os valores encontrados sugerem distúrbio restritivo leve.
- Suave Restrição: Os Resultados encontrados no paciente indica uma leve restrição com alterações no fluxo expiratório final, podendo agravar na fase sintomática.
- Moderada Restrição: Os valores encontrados sugerem distúrbio ventilatório restritivo moderado.
- Severa Restrição: Os valores encontrados sugerem distúrbios ventilatório restritivo grave.
- Os valores encontrados sugerem distúrbio obstrutivo Misto.
- Os valores encontrados, em pacientes com suspeita de doença restritiva, devem ser interpretados como um distúrbio ventilatório combinado. Nos pacientes sem esta probabilidade clínica, a CVF está desproporcionalmente reduzida, podendo indicar, em pacientes com radiologia compatível, um acentuado aprisionamento de ar pelo distúrbio obstrutivo primário.
- Pós - BD: A prova broncodilatadora não demonstrou variação significativa de fluxo ou volume.
- Pós - BD: A prova broncodilatadora demonstrou variação significativa de fluxo e volume.
- O Paciente queixou-se de fadiga durante a realização do exame.
- O Paciente apresentou tosse durante a realização do exame.
terça-feira, 16 de junho de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Perguntas e Respostas
1 - O que é a espirometria?
Espirometria é a medida do ar que entra e sai dos pulmões. A palavra é escrita com s e não com x, porque vem do latim spirare, que significa respirar + metrum, que significa medida.
2 - Por que a espirometria é diferente de outros exames de laboratório?
A espirometria difere dos exames usuais por diversos aspectos. Exige a compreensão e colaboração do paciente em todas as manobras; o equipamento utilizado deve estar calibrado e deve ser acurado, e, finalmente um técnico treinado é essencial para obtenção de um exame adequado. A espirometria é um exame simples apenas na aparência. Erros podem acontecer em diversas etapas.
Os valores tidos como normais diferem de país para país. Finalmente a interpretação deve levar em conta dados clínicos e epidemiológicos. Um paciente com DPOC avançada será classificado como portador de distúrbio obstrutivo grave por todas as tabelas de previstos utilizados, porém a adoção de previstos inadequados em indivíduos que realizam check-up pode ter conseqüências indesejáveis.
3 - Como deve ser feito o controle de qualidade dos exames?
Estudos realizados em países avançados, como Nova Zelândia, demonstraram que 70 a 90% dos testes não preencheram os critérios técnicos estabelecidos para um exame adequado. No Brasil, este tipo de estudo não foi realizado, porém pode-se afirmar que a qualidade em geral é ruim. A maioria dos laboratórios não dispõe de técnicos treinados e certificados pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e muitos laudos são assinados por não médicos ou médicos não especialistas. Exames inadequados podem ser facilmente detectados pela inspeção dos gráficos, valores numéricos e laudos que acompanham os testes. Estes exames devem ser denunciados aos prestadores de serviço.
4 - Como comprar um bom equipamento?
Dezenas de opções são disponíveis. Inicialmente deve-se levar em conta quantos testes por dia serão realizados, que testes e valores funcionais são necessários ou desejáveis, quem irá conduzir os testes e qual seu nível de conhecimento, se o sistema deve ser portátil e finalmente qual o custo que pode ser coberto.
Os espirômetros caem em 2 categorias: deslocamento de volume e sensores de fluxo. Alguns espirômetros de volume não são computadorizados, são baratos e simples de operar. Os sensores de fluxo são computadorizados ou têm um microprocessador, e portanto permitem a realização de muitos testes rapidamente. Uma nova geração de espirômetros, ditos "de bolso", com sensores de fluxo, podem ser usados em consultórios. Nos últimos 2 a 3 anos, sua acurácia alcançou a dos equipamentos tradicionais.
Uma vez selecionado um tipo de sistema, deve-se escolher 2 ou 3 fabricantes e fazer contato com seus representantes. Demonstrações em congressos são úteis. Deve-se verificar:
- se a acurácia do sistema foi testada por uma agência independente;
- a facilidade de operação e os recursos do software;
- como é feita a assistência técnica;
- quanto irão custar as atualizações do software e qual a freqüência com que serão feitas;
- capacidade de armazenamento dos exames e facilidade de transporte do sistema;
- individualização dos relatórios: cabeçalho, formato e aparência e, se além dos previstos, são assinalados os limites de referência;
- disponibilidade de valores de referência brasileiros.
Finalmente, deve-se pedir o endereço ou o telefone de usuários do sistema, e deve-se fazer consultas para avaliar facilidades e dificuldades.
5 - Quais são os parâmetros básicos usados na interpretação da espirometria e como devem ser expressos?
A Capacidade Vital representa o maior volume de ar mobilizado em manobra expiratória, após o enchimento máximo dos pulmões. Pode ser medida lentamente (CV lenta) ou de maneira rápida (CV forçada). As 2 manobras, de CV lenta e forçada devem ser feitas rotineiramente.
VEF1 é o volume de ar exalado no primeiro segundo da manobra da CVF. Tanto a CV(F) como o VEF1 são expressos em litros corrigidos para as condições BTPS (temperatura corporal em pressão ambiente e saturado com vapor d'água). As curvas expiratórias forçadas devem ser registradas plotando-se o volume no eixo vertical contra o tempo no eixo horizontal (curva de volume-tempo) e também plotando-se o fluxo no eixo vertical contra o volume no eixo horizontal (curva de fluxo-volume). O fluxo atinge seu valor máximo no início da expiração e decai gradualmente até o final da manobra. O pico de fluxo, que reflete o esforço máximo inicial, será facilmente observado na curva fluxo-volume. A manobra pode ser encerrada ao observar-se um platô ao final da curva, significando que não existe mais ar para ser exalado. Este platô será facilmente perceptível na curva volume-tempo.
É recomendável ainda a obtenção de um fluxo derivado do meio da curva - fluxo derivado entre 25-75% da CVF na curva volume-tempo, ou fluxo instantâneo do meio da curva expiratória na curva de fluxo-volume (FEF50). Os fluxos são expressos em l/s, em condições de BTPS.
6 - Como se comporta a espirometria em indivíduos normais ao longo da vida?
A função pulmonar aumenta exponencialmente dos 6 aos 14 anos de idade, sendo nesta faixa etária grandemente influenciada pela estatura. Nos adolescentes, a variação é complexa e influenciada pela estatura, idade e peso. Este último reflete o ganho muscular nesta faixa etária. A função pulmonar atinge valores máximos aos 20 anos no sexo feminino e aos 25 anos no sexo masculino. O pulmão deixa de crescer antes, porém, a força muscular se eleva no sexo masculino, o que eleva a capacidade vital. Após o máximo, a função pulmonar permanece estável até os 35 anos de idade aproximadamente, quando começa a decair gradualmente ao longo da vida. O VEF1 cai 28 ml/ano, em média, no sexo masculino e 21 ml/ano no sexo feminino.
7 - O que ocorre com a função pulmonar ao longo da vida em indivíduos predispostos às doenças obstrutivas?
O indivíduo pode chegar ao início da vida adulta com uma menor função pulmonar, por diversos fatores intervenientes na infância, entre os quais o fumo passivo e ativo. Após atingir a função máxima, o VEF1 pode declinar precocemente ou ainda de maneira acelerada, mais tarde na vida.
Indivíduos com hiperresponsividade brônquica, aí incluídos os asmáticos, perdem função mais rapidamente. O mesmo ocorre com 15% dos fumantes, que são suscetíveis aos efeitos do tabagismo.
8 - Como calcular a idade pulmonar de um fumante suscetível? Os fumantes suscetíveis perdem, em média, 60 ml/ano de VEF1, mas a variação individual é ampla, podendo chegar a centenas de ml, daí a importância de medidas seriadas anuais. Um fumante masculino de 50 anos e com VEF1 previsto de 3,60 l (limite inferior previsto de 3,0 l) e VEF1 encontrado de 2,16 l, perdeu teoricamente 0,84 l de VEF1 por efeito do cigarro, o que significa 30 anos a mais se a perda fosse a usual de 28 ml/ano. Pode-se contar ao doente que sua idade pulmonar estimada é de 80 anos.
9 - Todos os sistemas de espirometria mudam os valores previstos quando a raça é mudada de branca para negra. O que explica tais achados? Tabelas de valores previstos derivadas da população norte-americana revelam que os valores são em média 15% inferiores para a raça negra. Este fator de correção não se aplica aos valores publicados para a população brasileira, onde os valores previstos são semelhantes. Os negros norte-americanos têm menor proporção entre o tronco e os membros, o que não ocorre entre nós. Se uma equação norte-americana for adotada para uso, deve-se digitar sempre raça branca na inserção dos dados gerais.
10 - Quando a espirometria deve ser indicada? Os testes de função pulmonar, em particular a espirometria, são úteis para diagnóstico e monitorização de diversas condições. O grau de disfunção também pode ser de auxílio na avaliação da incapacidade laborativa.
11 - Quais são as indicações diagnósticas?
O diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva não pode ser feito de maneira confiável utilizando-se apenas os dados de história e exame físico. O pulmão exibe uma grande reserva funcional, de modo que sintomas estarão presentes quando o VEF1 situar-se em geral abaixo de 60% do previsto. Mesmo em valores abaixo deste limiar, a percepção da dispnéia é muito variável, tanto em asma, como em DPOC. Pacientes com tosse crônica, dispnéia e chiado devem fazer espirometria. As causas mais comuns de dispnéia na prática clínica são DPOC, asma, insuficiência cardíaca e doenças pulmonares intersticiais. Em todas estas situações a espirometria dá contribuições, incluindo ICC, onde a melhora do quadro (ou a piora) pode ser facilmente avaliada por mudanças da Capacidade Vital, embora isto seja pouco utilizado pelos cardiologistas.
12 - A espirometria pode ser usada como exame de triagem de doenças obstrutivas, em grupos de risco, como os fumantes?
Sim. A espirometria preenche os critérios para utilização como teste de triagem para a detecção precoce de DPOC já que:
- a doença se detectada tardiamente resulta em morbidade e mortalidade substanciais, e o que se pode fazer tem efeito limitado;
- existe atualmente tratamento eficaz para a cessação do tabagismo;
- a espirometria é simples e confiável, desde que as normas técnicas sejam seguidas;
- espirômetros portáteis são largamente disponíveis.
Fumantes ou ex-fumantes com mais de 45 anos, ou fumantes sintomáticos devem ser considerados para a espirometria.
13 - Quando a espirometria está indicada na asma?
Em pacientes com sibilância ou aperto no peito a espirometria está indicada para confirmar o diagnóstico de asma. Em outros casos a asma manifesta-se por dispnéia ou tosse, isoladamente. Todo asmático deve fazer espirometria por ocasião da avaliação inicial e após estabilização dos sintomas e do pico de fluxo expiratório para documentar o nível alcançado de função pulmonar (normal ou não). Alguns asmáticos têm um componente de obstrução largamente fixo. Nestes pacientes a espirometria reflete melhor a evolução do que as medidas mais simples, de pico de fluxo.
Na emergência, a medida do grau de obstrução em asmáticos, é essencial. Embora medidas de pico de fluxo sejam em geral suficientes, se a espirometria for facilmente disponível, é preferível.
14 - Como são classificados e caracterizados os distúrbios espirométricos? | |||||||||||||||||||||
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Como Cobrar o Exame Espirométrico
CO (Custo Operacional)= R$11,50
Porte
1 A= R$8,50Porte
2 A= R$32,00Porte
2 B= R$42,00Porte
3 B= R$88,00
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Instruções para o paciente que realizará a espirometria
A espirometria é um exame médico complementar, que tem como objetivo avaliar a função pulmonar, auxiliando na elaboração de diagnóstico, bem como, no acompanhamento das doenças respiratórias. O exame é bastante simples e consiste na realização de manobras de inspiração e expiração que são registradas por um aparelho denominado espirômetro.
Algumas recomendações devem ser seguidas para que o exame seja mais preciso possível:
- O uso de medicações broncodilatadoras de curta ação (aerolin, alvent, berotec, salbutamol, brycanil, terbutalina, atrovent, combivent) deve ser interrompido pelo menos 4 horas antes do exame. Enquanto que os broncodilatadores de longa duração, associados ou não a corticóide, (foradil, fluir, oxis, serevent, seretide, foraseq, symbicort, alenia) devem ser suspensos por pelo menos 12 horas antes da realização do exame. Os pacientes que utilizam o brometo de tiotrópio (spiriva) devem evitar o seu uso nas 24 horas antes da espirometria.
- A presença de infecções respiratórias pode prejudicar a realização do exame, assim, caso você perceba a ocorrência de tal situação, comunique ao seu médico.
- Jejum não é necessário, porém refeição volumosa deve ser evitada uma hora antes do exame.
- Café e chá não devem ser ingeridos nas seis horas anteriores a realização do exame. Álcool não deve ser ingerido por pelo menos 4 horas antes da realização da espirometria.
- O cigarro deve ser evitado por pelo menos duas horas antes da realização do exame. Se você fuma, quem sabe essa não é a oportunidade para abandonar de vez o cigarro?
- Você deve repousar por cerca de 15 minutos antes da realização da espirometria.